sexta-feira, 15 de maio de 2015

CAMOCIM E A ARTE DE RAIMUNDO CELA

Porto de Camocim, 1939. Raimundo Cela. Acervo particular. Fortaleza-CE.
Das muitas preciosidades trazidas para mim por meu amigo Francisco Olivar (Vavá) em sua mais recente visita à Camocim, destaco o livro Raimundo Cela. 1890-1954, onde a vida e obra do artista é contada e ilustrada com sua profícua produção nas artes plásticas. Já tivemos a oportunidade de nos reportarmos neste espaço sobre a ligação de Raimundo Cela (1890-1954) com Camocim, desde a sua vinda para a cidade ainda criança, quando teve contato com as primeiras letras, assim como sua estadia criativa na produção de telas que até hoje encantam o mundo.  Nesta e noutras postagens vamos evidenciar o que os articulistas componentes da obra ressaltam sobre ele e a cidade. Já no prefácio, Fábio Magalhães destaca a fase em que Raimundo Cela, depois de ter morado em Camocim na infância, volta já homem feito, formado em engenharia e em artes plásticas, mas também com uma moléstia que precisava ser curada num lugar de clima como o de Camocim:

 "Alguns críticos de arte e historiadores afirmam que no período que residiu em Camocim, no interior do Ceará, e exercia a direção de uma empresa de energia elétrica, Cela continuou pintando com afinco. Outros, que se manteve praticamente afastado da pintura, exercendo-a de forma diletante, não sistemática. Há, ainda, os que dizem que ele deixou de pintar durante esse período. , [...] Mas também me parece indiscutível que, nesse período de Camocim, pintar não foi a sua prioridade. A atividade de pintar ocupou suas horas livres".(p.12-3).


A vinda de Raimundo Cela para Camocim  deu-se após quatro anos de nascido, em 1894, posto que seu pai, José Maria Cela era funcionário da Estrada de Ferro de Sobral e para cá fora transferido. Na sua segunda passagem pela cidade, provavelmente entre 1928-1938, dirigiu a usina elétrica, empreendimento em sociedade com seu irmão Fernando Cela. A referida usina era a Companhia de Força e Luz de Camocim-CFLC (localizada nas esquinas da Rua 24 de Maio com General Tibúrcio), cujo prédio ainda resiste às intempéries do tempo.

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